Mestre Inoue foi perguntado, em uma entrevista de como as ações acontecem, como as coisas e pessoas se manifestam.
Ele respondeu que as pessoas atribuem a lugares ou a
determinadas praticas, valores e energias; porem que tudo não passa de “movimentação
da mente”, não tem “este ou aquele movimento”, é a mente que atribui este
aspecto, ela que se “movimenta”.
É a mente que cria “as formas e formulas” que todos
procuram, mas ignoramos que não precisamos delas e nem podem ser ensinadas, por
tudo está no interior de cada um; este era o ensinamento.
Inoue Doshu nos mostra que tudo é criado pelo movimento, coisas
são criadas pelo movimento; e estas coisas são criadas enquanto o movimento
persiste, criação através do movimento e do fluxo da Realidade. Nada pode ser
ensinado ou copiado, a descoberta se faz através da prática e da experimentação.
Inoue Sensei nos leva a refletir sobre o que Mestre Wumen
Huikai (Mumon Ekai Zenji), escreveu na
coletânea de koans “O Portal sem Portal”,
aonde encontramos o seguinte:
“Dois homens discutiam sobre uma flâmula que tremulava ao
vento:
- É o vento que está se movendo! - afirmou o primeiro.
- Não, é a flâmula que se move! - contestou o segundo.
Mestre Dajian Huineng (Daikan Enō Zenji,) que passava por
perto, os interrompeu dizendo:
- Nem a flâmula nem o vento se move, é a mente que se move.”
Porem Mestre Wumen Huikai escreve ao final:
“O vento não se mexe, nem a flâmula se mexe, tampouco é a mente que se mexe.”
Boa Reflexão.
Oss.
Baseado em entrevistas de Inoue Doshu e Textos Zen.
Gran artículo para reflexionar, gracias por compartirlo Ricardo, un abrazo
ResponderExcluirGracias a ti, Carina.
ExcluirQue tengas un optimo dia.
Abrazo.