
O Hara continua sendo objeto de nosso estudo, pois é um Tanden ou mar de energia comum a várias culturas e sistemas, com atuação espiritual e física. Enquanto na cultura japonesa o Hara tem sua importância mantida, em outras culturas ele fica diluído nos outros, se valorizando o(s) superior(es); lembrar que no Tibet são seis e na India são sete, no total.
Todos os sistemas falam da função do Hara como o Tanden que concentra e faz com que a energia ascenda e circule. Não há evolução dos outros Tanden sem a energia do Hara. No Tibet fala-se que o “calor místico” ascende dele e, ao mesmo tempo alimenta a energia sexual e de sobrevivência (para alguns o chakra básico é uma projeção dele).
É o Hara que move nossa energia para cima e para baixo, que nos dá estabilidade física e mental, ou seja, valorizar em demasia os outros Tanden seria como construir um prédio à partir do terceiro andar,sem as fundações e os andares inferiores.
A mobilidade energética através do Hara é tanta que os sistemas marciais se preocupam em protegê-lo visando não haver perda de energia ou mesmo invasão de energia externa. Daí a utilização de faixas, obi, hakama, etc...
Seja Ki/ tchi/tsog-lung/prana, o conceito de energia e circulação energética é muito semelhante nestas culturas e utilizado nas Artes Marciais e/ou meditação sempre associado à respiração.
Logo, estando consciente de seu Hara, este “administra e controla” o Ki, não permitindo que ele se esvaia e nos leva a uma condição de centramento. Lembram-se daqueles cinco preceitos (Gokai) de Mikao Usui? Estudando os sistemas destas culturas orientais vamos ver que estes preceitos estão sempre presentes como condição para equilíbrio dos Tanden e do Ki.
Na prática, devemos exercitar esta “consciência” em todas as técnicas mas a melhor para exercitá-la é o Ikkio, pois a “entrada” é feita com a expansão da energia do ki (Kibare) do Hara no Tanden. Esta mesma “entrada” acontecera no Nikkyo, Shihonague e assim sucessivamente. Porem uma consciência sempre de mente vazia.
Boa prática.
Oss.
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